A construção e reabilitação de habitações têm evoluído significativamente nas últimas décadas, com uma crescente preocupação pela sustentabilidade e eficiência energética. Contudo com o aumento do preço das matérias-primas que se tem verificado ao longo dos últimos anos, a pressão para a utilização de materiais de construção alternativos que sejam rentáveis e simultaneamente contribuam para sustentabilidade tem aumentado. A palha, o bambu, o cânhamo e o tadelakt são alguns dos novos materiais que têm vindo a substituir os materiais de construção tradicionais, como o betão.
Cânhamo
O cimento de cânhamo tem a mesma durabilidade e características isolantes do betão tradicional. O cânhamo é uma cultura que necessita de pouca água, contribuindo para uma produção em larga escala mais sustentável. Os tijolos de cânhamo são outro produto cada vez mais popular, adequados para trabalhos de alvenaria, são considerados 100% sustentáveis e naturais.
Bambú
O bambú é uma madeira de crescimento rápido em comparação com outras madeiras tradicionais, sendo um material elástico, leve e muito resistente. Muitas empresas trabalham no desenvolvimento de processos para melhorar as caraterísticas do bambu e assim prolongar a vida útil deste material.
Betão Reforçado
O betão reforçado com fibra de carbono reduz a quantidade de cimento necessário para proporcionar uma estrutura resistente. Embora o carbono não seja sustentável, o betão reforçado conduz a uma poupança significativa de cimento até 80%, aumentando a eficiência e sustentabilidade da sua produção.
Palha
Também a palha é um material isolante, biodegradável com uma pegada ecológica próxima de nula. A facilidade de acesso, de aplicação e a sua longevidade quando conservada em condições de baixa humidade, conduziu a um crescimento exponencial da sua procura.
Tadelakt
Por último, o tadelakt é um gesso natural, decorativo e impermeável que tem por base a cal de Marrocos. Este material antigo, só recentemente se popularizou. No esfera ambiental apresenta a vantagem de libertar até menos 80% de dióxido de carbono em comparação com o cimento. A sua superfície é lisa, polida e semelhante à pedra natural, o que o torna ideal para aplicação em espaços húmidos como cabines de chuveiro e piscinas.
Em suma, a incorporação de materiais alternativos na construção e reabilitação de habitações representa um avanço significativo rumo a práticas mais sustentáveis e eficientes. Esses materiais não apenas reduzem o impacto ambiental das construções, mas também oferecem benefícios em termos de conforto, durabilidade e estética. A adoção dessas tecnologias é um passo crucial para enfrentar os desafios ambientais e promover um futuro mais verde e sustentável na construção.